Mais uma vez, em primeira mão, dois filmes ainda por estrear entre nós.
North Country

As escolhas de Charlize Theron depois de ter ganho o Oscar não foram definitivamente as melhores.
North Country é daquele género de filmes que acaba e pensamos "ah boa, e o que é que isto me acrescentou?" Não estou a menosprezar o feito das trabalhadoras de North Country, que deram um grande passo para que as mulheres americanas adquirissem o respeito que merecem, mas era mesmo necessário fazer disto um filme? E de carácter dramalhão de domingo à tarde?
Se há coisa mais batida são filmes de tribunal e histórias da coitadinha. Este tem dos dois. Charlize é a mãe solteira, desempregada, que leva tareias do namorado, também ele desempregado e que deixou de acreditar nos homens. Foge com os filhos para casa dos pais e para desgosto destes decide ir trabalhar para uma mina, trabalho até à altura apenas feito por homens. No trabalho acaba por ser maltratada pelos colegas do sexo masculino, o que a leva a contratar um advogado e processar a companhia por assédio sexual. Este torna-se o primeiro caso de assédio sexual contra uma empresa e que veio dar origem ao que hoje em dia é uma queixa comum nos tribunais americanos.
O argumento é fraco e manipula o espectador sem dó nem piedade para simpatizarmos com a personagem principal, ao ponto de nos querer fazer ter pena dela, mas olhamos para aquela cara linda dela e distrai-nos do seu sofrimento. No fundo sabemos que nenhuma mulher com aquela beleza poderia ser assim tão infeliz. Charlize Theron, nomeada ao Globo de Ouro por este papel, parece-me bastante distante do excelente trabalho que fez no Monstro. Aqui limita-se a chorar, qual madalena arrependida, de tal forma que se torna irritante. Safa-se Frances McDormand num seguro papel secundário que nos traz os únicos momentos interessantes do filme.  A minha classificação é de: 4/10
Aeon Flux

Meu deus, tanto disparate junto...
Não há nada que enganar, se tem o carimbo MTV, fujam a sete pés. É isso que é este Aeon Flux, um filme para o público MTV. Sem o mínimo de preocupação em manter um argumento que convença, o propósito é apenas tentar fazer alguma coisa com um aspecto muito cool, futurista e de modo a mostrar bastante as curvas da Charlize Theron. Ok, nós até não nos importamos muito com esta última parte, mas para isso temos o Celebridades do Woody Allen que sempre é (bastante) mais inteligente.
A história é qualquer coisa como uma praga que varre o mundo, deixa uns quantos para perpetuar a vida humana, mas não olha a custos para o fazer. Uma espécie de prisão disfarçada de éden. Os que não vão nesta conversa tentam matar o presidente e mandam a sua melhor assassina, a Charlize, claro está. Algo não corre como o planeado e as ervinhas começam-se a mexer(???). Muita luta cheia de estilo, um tórrido romance reaceso e muita roupa colada ao corpo da menina e pronto, é isto.
A actriz até nem fica nada mal com o cabelo preto, mas isso é irrelevante para o filme. O elenco secundário é péssimo e uns bons efeitos especiais não são suficientes para nos distrair da debilidade do argumento. A ver apenas sob a desculpa de não resistir ao encanto de Theron, caso contrário não percam tempo.  A minha classificação é de: 3/10 |
Tanto Halle Berry como Charliza Theron têm tendência, depois do Oscar, fazer péssimos papéis...
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